Abstract

O presente artigo situa a trajetória da geografia urbana crítica uspiana como parte do movimento de renovação da Geografia brasileira que se inicia já na década 1970. A ideia central procura reforçar o fato de que essa trajetória é marcada por um processo de ruptura teórico-metodológica realizado a partir de uma leitura acurada das obras de Karl Marx e Henri Lefebvre. O corte epistemológico apresenta essa ruptura, contudo, tanto em relação à própria história da geografia quanto em relação às demais vertentes críticas internas e externas a este campo disciplinar. O rigor empreendido nas reflexões e pesquisas, o trabalho de estudo e formação e o compromisso com a produção de um conhecimento crítico tornam essa perspectiva de análise uma importante referência para a explicação do mundo, desnudando a radicalidade das contradições sociais. Tendo em vista o escopo do artigo, identificam-se dois momentos dessa trajetória: o primeiro entre o final dos anos 1970 e o começo dos 1980, quando a ruptura metodológica se abre; e o segundo, a partir dos anos 1990, quando a rigorosa e intensa leitura dos trabalhos de Lefebvre aprofunda os horizontes da crítica.

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