Abstract

O argumento deste ensaio defende que a reforma do aparelho do Estado é um processo continuado e ininterrupto, relacionado com a renovação do neoliberalismo como ideologia dominante no estágio atual do capitalismo. Neste contexto, o gerencialismo funciona como matriz teórico-ideológica, servindo como marco para o processo de reforma em sua dimensão tática, subordinada a uma estratégia de acumulação no qual o Estado deve facilitar os negócios. A construção do argumento parte da história como recurso fundamental para compreender o presente, lançando luzes na relação essencial entre as transformações das Teorias Organizacionais e a constituição da Administração Pública como área, desde sua origem até os tempos atuais, marcados pelo gerencialismo. Como ilustração, são apresentados os casos da criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares e das transformações recentes do ensino e pesquisa, reforçando a necessidade de ampliar a compreensão do significado e alcance das reformas do aparelho de Estado na contemporaneidade.

Highlights

  • Tornar mais eficiente a provisão dos serviços sociais públicos ou coletivos, legitima o próprio Estado Social, e garante seu aprofundamento futuro” (Bresser-Pereira, 2010, p. 116)

  • Esclarecer a dinâmica e resiliência do neoliberalismo como programa político que organiza a etapa atual do capitalismo nos permitirá tratar, na sequência deste ensaio, o gerencialismo como seu braço operacional

  • Considerações Finais Em uma tentativa de superar essas limitações, evidenciamos a interconexão indissociável entre o processo de reformas, as transformações resilientes do neoliberalismo e a emergência de seu braço operacional - o gerencialismo - no marco da segunda mutação das Teorias Organizacionais (TOs). Enquanto projeto de classe, o neoliberalismo se renova para garantir a estratégia de acumulação através da busca constante pela completa subordinação da reprodução social ao mercado

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Summary

Introduction

Tornar mais eficiente (embora jamais tão eficiente como gostaríamos) a provisão dos serviços sociais públicos ou coletivos, legitima o próprio Estado Social, e garante seu aprofundamento futuro” (Bresser-Pereira, 2010, p. 116).

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