Abstract

O objetivo do presente trabalho foi analisar a influência do empresariado da educação dentro da formação profissional em educação física, que tem dentre os marcos legais a Resolução CNE/CES n° 06/18. O trabalho teve como recorte temporal de suas análises o período compreendido entre 2015 e 2021, período demarcado pelo início do debate acerca de novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para a área e perpassado pelo processo de impeachment sofrido pela então presidente da República, alçando à frente do aparelho político de Estado grupos ainda mais afinados com os interesses empresariais e com a agudização do projeto neoliberal no país. Tomou-se como material de análise os Censos da Educação Superior/INEP referentes aos anos 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019; assim como o Sistema de Regulação do Ensino Superior (e-MEC), ferramentas que permitiram traçar um panorama a respeito das ofertas de cursos de educação física pelo Brasil. Como resultado constatou-se que dentre os interesses que mobilizam o empresariado educacional a interferir diretamente nos projetos de formação da educação física, tem-se a manutenção do bacharelado e a ampliação da mercadoria diploma, sobre os quais lograram êxito. Como conclusões tem-se que as atuais DCN são uma expressão hegemônica do interesse privado direto dos legisladores em razão das frações de classe às quais representam. Tem-se a apropriação direta dos aparelhos políticos de Estado pelas representações da iniciativa privada, fazendo valer os seus interesses enquanto classe social.

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