Abstract

Os pressupostos teóricos da Análise do Comportamento e a literatura empírica têm relacionado a tolerância à espera por reforçadores atrasados ao autocontrole. Contudo ainda não foi explorada uma perspectiva desenvolvimental acerca da sua relevância. O objetivo deste estudo foi analisar a tolerância ao atraso do reforçador como uma possível cunha comportamental precursora do autocontrole. Para essa análise foram utilizados textos de Skinner e de outros analistas do comportamento que discutem os construtos de autocontrole, desenvolvimento humano e cunha comportamental, além de artigos empíricos que examinam as relações entre a tolerância ao atraso do reforçador e o autocontrole. Adicionalmente, foram discutidas contingências desenvolvimentais que podem favorecer a tolerância ao atraso do reforçador. Conclui-se que a tolerância ao atraso do reforçador atende a todos os critérios estabelecidos para ser considerada uma cunha comportamental e que, nesse sentido, deve constituir um importante alvo de intervenção na infância, visando ao desenvolvimento futuro do autocontrole.

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