Abstract
O presente texto recupera aspectos da história e conceitos da Teologia da Libertação em relação às mulheres. Mostra que apesar dos avanços significativos dessa teologia para refletir a partir dos pobres da América latina, como teologia seguiu encarcerada na instituição católica, repetindo à sua maneira a mesma tradição ocidental formulada no Credo de Nicéia. As teólogas abordando a problemática específica das mulheres e questionando o atrelamento da dogmática a conceitos patriarcais excludentes não encontraram boa acolhida no libertário mundo masculino. Esforços louváveis são reconhecidos, porém considerados insuficientes para transformar velhos conteúdos e velhos poderes. O texto reflete alguns desafios feitos à Teologia da Libertação a partir da introdução da sexualidade como mediação antropológica fundamental e mostra os limites das mediações econômicas e sociais que a Teologia da Libertação priorizou. Em meio ao desenvolvimento dessas questões, delineia alguns caminhos propostos pelas teologias feministas que se desenvolveram fora das instituições clericais e que seguem seu caminho atual com inevitáveis dificuldades.
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