Abstract

Em consonância com o que ocorria em outras áreas do conhecimento na segunda metade do século XX, a dicotomia materialidade x simbolismo (ou objetividade x subjetividade) começa a ser superada na Geografia – ao menos no que tange à análise das relações espaciais de poder - ao longo de seu movimento de renovação no período pós-guerra, sobretudo a partir da década de 1970, quando as ideias de pensadores como Michael Foucault e Pierre Bourdieu, dentre outros, são explicitamente incorporadas por muitos teóricos da Geografia que se dedicavam a refletir sobre tal temática, como Paul Claval e Claude Raffestin. Esse avanço teórico trouxe consigo significativas transformações sobre a principal ferramenta conceitual da Geografia para análise dessas relações: o conceito de território e seu derivado, a territorialidade.

Highlights

  • A década de 1970 marca um momento de rupturas e transformações sobre a forma como a Geografia abordava as relações espaciais de poder

  • Sendo o conceito de território a principal ferramenta teórico-conceitual da Geografia para a análise das relações espaciais de poder, essas transformações teórico-metodológicas tiveram forte impacto sobre a forma como este conceito e seus derivados eram utilizados pela disciplina, sendo o berço, portanto, de sua semântica conceitual hegemônica dentro da disciplina atualmente

  • Este processo teve como corolário uma série de transformações sobre seu arcabouço teórico-conceitual, o que resultou, dentre outras coisas, em novas formas de concepção e uso dos conceitos de território e territorialidade, no sentido de romper com usos predominantemente unidimensionais (essencialmente materialistas) que a Geografia tradicionalmente fez de tais conceitos e, assim, dotálos de maior capacidade de apreender essa complexa inter-relação entre o simbolismo e a materialidade, tornando-os assim ferramentas mais eficazes para se produzir interpretações holísticas, não dicotômicas, das relações espaciais de poder

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Summary

Introduction

A década de 1970 marca um momento de rupturas e transformações sobre a forma como a Geografia abordava as relações espaciais de poder.

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