Abstract
Este texto apresenta contribuições da Sociolinguística para a leitura, a partir da observação da leitura em voz alta em sala de aula. Assumindo que a consciência sociolinguística pode ser preditora de sucesso na leitura, apresentamos panoramicamente modelos de leitura e as pistas de superfície de natureza sociolinguística que permitem inferir níveis de leitura, considerando a dimensão do reconhecimento de palavras e da compreensão linguística. Com este diagnóstico impressionístico, o professor pode direcionar ações para o aprimoramento das habilidades, mesmo fora do período de aprendizado inicial.
Highlights
This paper presents contributions from Sociolinguistics to reading, based on the observation of reading aloud
Precisamos, então, de uma receita para “trocar o pneu com o carro andando”: não só corrigir as assimetrias de leitura no segundo ciclo, como também ampliar as habilidades
Marechal Rondon, s/n, Didática II, segundo andar Jardim Rosa Elze, 49100000 São Cristóvão, SE, Brasil
Summary
Lemos sempre com um propósito: notícias, seja em suportes físicos de jornais impressos ou digitais, enviados por mensagens de celular, para nos informar sobre o mundo em nossa volta, rótulos de produtos para identificar seus componentes e prazos de validade, manuais para poder operar equipamentos, mensagens e e-mails para interagir com as pessoas, formulários para inserir as informações solicitadas, romances e contos para nos distrair e nos dar prazer estético. Ler requer uma habilidade específica: a habilidade de identificação das palavras escritas, e essa habilidade é específica da leitura, quer dizer, adquire-se durante o processo de aprendizagem da leitura e só serve para a leitura. No caso que nos interessa, o material é a escrita, e o aprendiz recorre às suas capacidades de percepção visual, de linguagem, de atenção e de memória para desenvolver os mecanismos que asseguram a identificação das palavras escritas. Nos apoiamos em estudos que evidenciam a relação entre a fluência e a compreensão em leitura (CORSO; SALLES, 2009; MACHADO; FREITAG, 2019) e defendemos o uso da leitura em voz alta como estratégia de treinamento para a automaticidade e para a identificação das dificuldades dos alunos com atenção às pistas de compreensão pelo professor durante as práticas de sala de aula
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