Abstract
O conceito de soberania popular de Rousseau está vinculado a uma ideia radical de liberdade como autonomia: é livre aquele capaz de governar a si mesmo, não se submetendo à vontade de um outro. O presente artigo procura investigar o enraizamento social da autonomia não apenas como critério crítico de legitimidade política, mas tendo em vista compreender de que maneira ele se insere em contextos de ação da vida cotidiana da sociedade. Formas atuais de dominação social e novas gramáticas de lutas emancipatórias (em pautas ligadas ao feminismo radical ou às questões do antirracismo) mostram que a autonomia também precisa encontrar efetividade em dimensões sociais complementares à esfera pública política.
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