Abstract

A lógica não leva em conta, na formalização dos seus raciocínios, a especificidade das línguas naturais. Aplicados à descrição de certas expressões das línguas, tais como ‘atestado de óbito falso’, os raciocínios da lógica são colocados em xeque. É implícito dos raciocínios lógicos o conceito aristotélico de “classe” ou de espaço fechado, ou se está dentro ou se está fora do espaço. Porque presume a significação construída, esse raciocínio impede a observação do termo atestado de óbito como um gesto de construção de significação. Através do método que é próprio da “Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas” (CULIOLI, 1990, 1999a, 1999b), porque articula o material verbal (as línguas) com a prática do seu manuseio (atividade de linguagem) dentro de um espaço topológico ou de uma topologia de domínio aberto, propusemos observar a contribuição de FALSO para o gesto de construção de atestado de óbito. Por fim, concluímos que FALSO é marca da dúvida (modalidade) e do bloqueio (alteridade) à construção do termo atestado de óbito.

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