Abstract
O presente estudo buscou analisar a inter-relação entre os conhecimentos práticos dos agricultores da comunidade quilombola de Cupira, semiárido do estado de Pernambuco, com o processo de salinização dos solos. Para desenvolvimento desse estudo, utilizou-se como base metodológica, a etnopedologia, elementos da cartografia social e as análises químicas das amostras de solo, coletadas sobre indicação dos agricultores. Os resultados indicam que a maioria dos agricultores reconhecem com facilidade, a ocorrência do processo de salinização, assim como, os impactos sobre a estrutura dos solos na produção agrícola. Conclui-se que os agricultores apresentam conhecimentos práticos para reconhecer o processo de salinização e, também, as práticas que colaboram para o desenvolvimento do acúmulo de sais, no entanto, verifica-se a necessidade da soma do conhecimento técnico-científico e do auxílio de políticas públicas para resolver, e evitar os problemas oriundos da salinização.
 Palavras-Chave: Degradação dos solos; Etnopedologia; Comunidade tradicional.
Highlights
Asbract The present study sought to analyze the interrelation between the practical knowledges of the farmers of the quilombola community of Cupira, semiarid of the state of Pernambuco, with the process of salinity of the soils
The results indicate that most farmers recognize the occurrence of the salinity process, as well, as impacts on soil structure in the agricultural production
It is concluded that the farmers present practical knowledges to recognize the process of salinity and the practices that collaborate for the development of the accumulation of salts, it was verified the need for the sum of technical scientific knowledge and the aid of public policies to solve and avoid problems arising from salinity
Summary
A comunidade quilombola de Cupira está localizada à cerca de 14km da cidade de Santa Maria da Boa Vista, semiárido do estado de Pernambuco (Figura 01) nas margens do rio São Francisco. A história da comunidade foi relatada pelo senhor João Aposto um dos mais antigos moradores. O nome de Cupira veio mais tarde por causa da marcante presença de seu Manoel Cupira, pescador do Velho Chico e que gostava muito de coletar o mel de abelha cupira, motivo pelo qual recebeu o cognome e deixou registrado na história da comunidade. Figura 01: Localização da comunidade quilombola do Cupira - Santa Maria da Boa Vista - Pernambuco. A Associação Quilombola dos Agricultores Familiares e Pescadores do Território de Cupira (AQAFPTC), fundada em 14 de maio de 2001, trabalha para defender o território quilombola, respeitar e fazer respeitar a autonomia e autodeterminação dos quilombolas como forma de organização política e social própria valorizando sua identidade cultural de comunidade negra rural, ademais, vem realizando ações de resgate cultural como grupo de São Gonzalo; grupo Ydandiê e o Samba de Roda Penerou
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