Abstract

A metamorfose do mundo de produção capitalista global se modifica historicamente, ampliando sua capacidade a partir de suas transições no que se refere ao seu modo de organização do labor, do emprego e da produção. As revoluções industriais e tecnológicas apresentam, em grande medida, este rearranjo e traz à tona “novas” modificações advindas desta metamorfose do capital no século XXI. Considerando as sociedades contemporâneas, que se desenvolvem a partir de uma lógica de produção capitalista, baseada na telemática, surgem diversos ramos intermediários na atividade produtiva intensivos em informação, comunicação, dentre eles, os Call Center. A restruturação produtiva reconfigura as variáveis do trabalhador e sua forma de inserção no mundo do trabalho. Fatores que outrora não eram apropriados pelo capital como por exemplo, a dimensão subjetiva passam a ser apoderados pelo modo de organização do trabalho, em sua nova roupagem de acumulação flexível, tercerismo e outros arranjos que captura o trabalhador e altera suas experiências nas relações do labor. Diante deste contexto, esse estudo é sobre o trabalho de jovens em uma empresa de Call Center em Teresina, Piauí. Portanto, busca-se compreender como se constitui o trabalho de jovens teresinenses em Call Center ante aos processos de superexploração da força de trabalho em um contexto de deformação do mundo do trabalho. No que se refere os procedimentos teórico metodológicos, as categorias e conceitos chaves são: terceirismo, flexibilidade, intensificação do setor de serviços, superexploração do trabalho, Call Center, telemarketing, precarização do trabalho, trabalho emocional. Por meio dessas categorias, busca-se compreender como os jovens de Teresina veem no Call Center uma forma de ingressar no mercado de trabalho. A questão de como vem se constituído o trabalho nos espaços de Call Center, sobretudo da força de trabalho jovens, chamou atenção, uma vez que os trabalhadores estão inseridos em um contexto de deformações em esfera global, do labor. A partir das entrevistas realizadas com esses jovens, é possível afirmar que o trabalho por eles realizado era considerado como um “trampolim”, sobretudo para aqueles que estão/estavam no ensino superior ou que já concluíram. Diante dessa realidade, restam continuar como operador(a) de telemarketing, a não se encontrarem incorporados pela tragédia do desemprego. Porém, não consideravam a função que exerciam como um emprego, mais apenas um meio para custear necessidades para continuarem construindo uma outra alternativa de “projeto de vida”.

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