Abstract

A terapia desperta arquétipos e funções psíquicas desconhecidas à consciência humana. Neste caminho, este artigo objetiva pensar a relação entre a religiosidade e o processo de cura no período terapêutico, por meio do arquétipo do curador ferido. O terapeuta, ao ativar suas próprias feridas, inicia um processo curativo juntamente ao paciente, num jogo de projeções e transferências. Através da leitura de produções junguianas e de autores da Psicologia Analítica, foi possível delinear este estudo teórico. O terapeuta, desempenhando o papel de função transcendente do paciente, leva-o a ativar seu arquétipo do curador ferido, a imagem de uma transcendência religiosa.

Highlights

  • Trata-se de um estudo descritivo reflexivo embasado na produção teórica de Carl Gustav Jung e de autores correlatos da Psicologia Analítica

  • This article aims thinking about the relationship between religiosity and the healing process in the therapeutic period, using the archetype of the wounded healer

  • The therapist, playing the patient's transcendent function role, leads him to activate his archetype of the wounded healer, the image of a religious transcendence

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Summary

Introdução

Historicamente, a prática religiosa tem sido vinculada à presença ou ausência de doenças na vida dos indivíduos. Pode-se observar, ao longo dos milhares de ano da existência humana, que houve uma visão mágico-religiosa acerca de saúde e doença, e as causas dos adoecimentos se relacionavam a elementos naturais ou espíritos sobrenaturais. Transgressões na área religiosa, resultantes da perda da saúde, solucionavam-se por aqueles que possuíam autoridade nessas questões: sacerdotes, xamãs ou feiticeiros. A religião, assim, delineava o olhar de mundo. Uma pesquisa descritiva almeja descrever características de uma população e/ou fatos e fenômenos (Gil, 2019). Ela “Não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação” Ela “Não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação” (Vergara, 2016, p. 47)

Discussão
Considerações Finais

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