Abstract

O objetivo principal deste trabalho é apresentar uma relação possível entre memória, afetos e performance de música instrumental. Abrange a música composta predominantemente entre os séculos XVI e XIX e, por conseguinte, períodos que diferem significativamente entre si. Parte das discussões sobre memória, considerada aqui a quarta parte da Retórica (segundo sua divisão clássica) e também a arte da memorização (mnemônica), e sobre afetos, para, então, culminar na questão que motivou de forma mais intensa suas investigações: o papel da memória e da memorização dos afetos na performance de música instrumental. Através de uma revisão – de modo delimitado, pela natureza deste trabalho – da literatura sobre afetos na Retórica de Aristóteles, e apoiados em diversos outros filósofos e autores, traçamos uma relação entre memória, afetos e performance musical, indicando como o intérprete lida com os afetos da obra que executa – no momento da execução – e como deve se comportar, emocionalmente, para que sua audiência seja tomada por esses mesmos afetos. Por lidarmos de forma específica com as relações entre retórica e música – promovidas por Lutero nas reformas propostas às Lateinschulen – são numerosas as comparações entre o orador e o intérprete.

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