Abstract

Este estudo avaliou a relação entre a habilidade de a criança compartilhar sua atenção com a atenção de outras pessoas e o desenvolvimento posterior da teoria da mente (i.e., a compreensão de que as pessoas possuem estados mentais como, por exemplo, desejos, intenções e crenças), em uma amostra de 28 crianças de famílias de classe média-baixa/média-alta. Os resultados mostraram que a habilidade de as crianças seguirem o gesto de olhar ou apontar do examinador aos nove meses de idade predisse significativamente seu desempenho em tarefas de crença-falsa aos quatro anos, independentemente de variações na inteligência não verbal. Esses resultados sugerem que, desde o final do primeiro ano de vida, as crianças interpretam o gesto de olhar/apontar das pessoas ao seu redor como ações intencionais.

Highlights

  • Em torno do final do primeiro ano de vida, observa-se uma mudança radical nas interações que os bebês estabelecem com as pessoas ao seu redor

  • Alguns filósofos (e.g., Dennett, 1987) têm argumentado que essa compreensão é a única evidência inequívoca de que as crianças são capazes de imputar estados mentais a outras pessoas

  • Do ponto de vista positivo, por outro lado, nosso estudo é aparentemente o primeiro na literatura a demonstrar uma associação entre comportamentos de responder à atenção compartilhada aos 9 meses de idade e o desenvolvimento posterior da habilidade de refletir explicita e conscientemente sobre estados mentais

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Summary

Um Estudo Longitudinal

The Relationship between Joint Attention and Theory of Mind: A Longitudinal Study. Camila Soares de Abreu , a, Cláudia Cardoso-Martinsa & Poliana Gonçalves Barbosab aUniversidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil & bUniversidade de Alberta, Edmonton, Província de Alberta, Canadá. Resumo Este estudo avaliou a relação entre a habilidade de a criança compartilhar sua atenção com a atenção de outras pessoas e o desenvolvimento posterior da teoria da mente (i.e., a compreensão de que as pessoas possuem estados mentais como, por exemplo, desejos, intenções e crenças), em uma amostra de 28 crianças de famílias de classe média-baixa/média-alta. Os resultados mostraram que a habilidade de as crianças seguirem o gesto de olhar ou apontar do examinador aos nove meses de idade predisse significativamente seu desempenho em tarefas de crença-falsa aos quatro anos, independentemente de variações na inteligência não verbal. Desde o final do primeiro ano de vida, as crianças interpretam o gesto de olhar/apontar das pessoas ao seu redor como ações intencionais. Palavras-chave: Atenção compartilhada, teoria da mente, tarefas de crença-falsa

IAC RAC Col ToM
Teoria da mente
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