Abstract
Esse texto tem como objetivo discutir a questão do material didático para duas línguas indígenas do Território Etnicoeducacional “Povos do Pantanal” e como a descrição linguística pode colaborar que, principalmente, os professores indígenas consigam fazer uma reflexão metalinguística de suas línguas. São apresentados estudos com as línguas ofaié (Tronco Macro-Jê) e terena (Família Aruak), apontando para a importância de realização de estudos linguísticos para a elaboração de livros didáticos em línguas indígenas voltados para o ensino escolar que vá além de livros de alfabetização. Materiais didáticos em língua materna, em escolas indígenas, podem colaborar para a manutenção da língua e, em alguns casos, promover processos de revitalização linguística. Contudo, é importante ressaltar que estes materiais sejam bem elaborados e que não apresentem equívocos gramaticais. Assim, neste artigo serão apresentados alguns equívocos de análise em língua terena que ocorrem em ambiente escolar. Também veremos o que se tem feito para o povo ofaié e a necessidade de avançar nos estudos sobre essa língua, que está em processo de extinção.
Highlights
São apresentados estudos com as línguas ofaié (Tronco Macro-Jê) e terena (Família Aruak), apontando para a importância de realização de estudos linguísticos para a elaboração de livros didáticos em línguas indígenas voltados para o ensino escolar que vá além de livros de alfabetização
Em Ofaié ainda não há material didático destinado à alfabetização na língua
Com o passar do tempo os professores indígenas em geral percebem a necessidade de começarem a compreender a sua língua do mesmo ponto de vista que um linguista
Summary
No Mato Grosso do Sul, no Território Etnoeducacional “Povos do Pantanal”, temos algumas situações em que a Descrição Linguística vem ao encontro da preservação e ou manutenção da língua, como também a urgência da necessidade de um preparo mais profundo dos professores indígenas. 140) coloca que “a linguística é a base da compreensão da relação da língua com a sociedade e a cultura de um povo, da aquisição e uso oral e escrita, das ideologias que passam através da língua etc.”. Se faz necessário e urgente que os professores indígenas façam com propriedade uma reflexão metalinguística, porque além de evitarem equívocos de análise na sala de aula (veremos mais adiante esse problema com o ensino da língua terena) também podem explorar junto a seus alunos uma reflexão sobre a cultura e a língua Braggio (2002, p. 140) coloca que “a linguística é a base da compreensão da relação da língua com a sociedade e a cultura de um povo, da aquisição e uso oral e escrita, das ideologias que passam através da língua etc.” Diante disso, se faz necessário e urgente que os professores indígenas façam com propriedade uma reflexão metalinguística, porque além de evitarem equívocos de análise na sala de aula (veremos mais adiante esse problema com o ensino da língua terena) também podem explorar junto a seus alunos uma reflexão sobre a cultura e a língua
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