Abstract

Considerando a crítica de Adorno à indústria cultural, a qual torna a cultura um meio de produção do comportamento de consumo, tentamos demonstrar como a gramática da perversão tende a monopolizar as formas de prazer na pós-modernidade. De acordo com nossa hipótese, a produção de consumo recodifica o recalcamento originário concebido por Freud: tal gramática suprime a satisfação libidinal de forma análoga à repressão primária, contudo, ao invés de utilizar as tensões insatisfeitas da libido para o trabalho, ela direciona a satisfação erótica para o prazer de consumir. Desta forma, ela formata a satisfação perversa para que esta se coadune com os interesses da economia.

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