Abstract

Este artigo propõe a articulação de ideias no campo dos estudos das relações internacionais em África em diálogo com as possibilidades do teatro como um campo experimental de observação de fatos sociopolíticos, a partir da oposição entre a visão afrocentrada de Grovogui e a visão ocidental de Jackson sobre as construções sociopolíticas dos Estados e noções de soberania em África, tendo por base um fato histórico envolvendo a figura de Tierno Bokar, líder religioso islâmico do Mali. Partindo deste caso, reflito sobre como a figura histórica do líder malinês foi retratada em cena pelo griot e ator Sotigui Kouyaté (Mali/Burkina Faso), no espetáculo também intitulado Tierno Bokar, dirigido por Peter Brook, com atores de múltiplas nacionalidades do Centre International de Recherche Théâtrale (Cirt). Desta forma o grupo teatral é analisado como um laboratório para se pensar as relações internacionais num jogo transversal envolvendo cultura e política.

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