Abstract

O artigo analisa a ocupação imperialista romana no Oriente Antigo, a consequente dominação da Iudea e sua transformação em Syria Palaestina. Aborda o debate actual sobre o tema, ilustrando também a temática com alguns exemplos da Arqueologia. A demografia e a paisagem da região são tratadas com o objetivo de demonstrar a intersecção de forças externas e de forças internas que definiram os campos de ação nesse inter-fluxo de relações humanas. Argumenta que a adequada administração imperial romana, a organização de uma rede de estradas ordenadas e um sistema de tráfego eficiente, permitiram tanto a mobilidade militar, bem como a formação de estratégias de suprimento, comunicação e controle da região pela população. Salienta categorias de análise, tais como poder, hegemonia, dominação e resistência, para a discussão do tema, afirmando que a formação dos espaços é inerente ao entendimento do próprio conceito de espaço, a esfera da simultaneidade, co-formador do tecido social e das relações de poder. A negociação, nesse sentindo, enquanto categoria analítica é o que fomenta espaços, alimenta as práticas materiais, subsidia as identidades e media o poder. Por fim, o artigo evidencia a importância da contextualidade social, dos contextos arqueológicos e dos contextos de produção dos discursos, como ferramentas próprias para abordagens académicas que privilegiem a percepção das distintas condições ideológicas e contradições inerentes às interações sociais e materiais em contato.

Highlights

  • O como subdisciplina, estabelecida desde muito tempo como Arqueologia do Oriente Médio, apesar de seu amplo escopo geográfico”[1]

  • internal forces that defined the fields of action in this interrelationship

  • It argues that proper Roman imperial administration

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Summary

Kennedy 1999

Essa referência e a constatação de um grupo de mais de cinquenta marcos com a datação de 162 ec., ao longo das principais vias das duas províncias, nos permite inferir que a partir da segunda metade do 2o século ec e durante as primeiras décadas do 3o século ec, a região também atingiu seu maior desenvolvimento no sistema viário, com mais de 2.500 milhas romanas de estradas. Transporte e suprimentos entre Cesareia Marítima e cidades vizinhas, como Apolônia (Tel Arsuf) e Jafa (Yafo), assim como os acampamentos militares implantados na região, foram contingências não negligenciadas. Desde Jafa, Antipátrida, Neápolis, Samaria, passando por Legio e Acre (Ptolemais), cada uma dessas cidades contava com uma via publica que a conectava diretamente com Cesareia Marítima, contribuindo no desenvolvimento da localidade e da região. A impressão é de que os samaritanos foram o principal fator étnico na oscilação de assentamentos que vieram a florescer no Sharon sul nesse

Mattingly 1997
Tufi 2000
Edwards 2004
Byatt 1973
12 Roll e Ayalon 1990
17 Foucault 2007
24 Cohen 1994
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