Abstract
O presente artigo analisa o processo de territorialização do ProSAVANA e os desdobramentos socioterritoriais do ProSAVANA no Corredor de Nacala. Da análise feita, compreende-se que o ProSAVANA é um programa que engendra a monopolização do território pelo capital para produção de commodities de interesse do mercado global. O interesse na verdade é o de garantir acumulação ampliada do capital à escala global a partir do Corredor de Nacala, usando os territórios comunitários e sua gente no processo de produtivo. Por de traz da ideia da modernidade e do discurso produtivista e desenvolvimentista, o ProSAVANA esconde o seu caráter rentista, expropriador, explorador, excludente, predador dos recursos naturais dentre outras barbáries no campo. A concentração de terras, da riqueza e da renda nas mãos de pequenos grupos, estão entre os impactos negativos do modelo proposto pelo ProSAVANA para a modernização da agricultura no Corredor de Nacala. Os conflitos socioambientais são inevitável por onde o agronegócio se territorializa no campo. O ProSAVANA é também uma ameaça ao modo camponês de fazer agricultura que predomina nesta região. Ameaça também a soberania alimentar dos povos locais, e consequentemente, a segurança alimentar e nutricional. As lutas e resistências camponesas e dos movimentos sociais contra sua implementação efetiva no Corredor de Nacala, são legítimas, sobretudo, olhando para o caráter desigual, contraditório e perverso do agronegócio por onde se territorializa no campo.
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