Abstract
Este artigo discorre sobre as proposições do homem de ultrapassar o que lhe é visível, de apropriar-se da informação por meio da mediação de sujeitos e dispositivos, apontando para questões epistemológicas que nos séculos XX e XXI têm sido levantadas sobre a imagem fotográfica. Traz conceitos e teorias que, no campo da Ciência da Informação, voltadas para a mediação da informação e seus suportes, dentre eles a fotografia, são revistas por força de modalidades e novas práticas de comunicação possibilitadas pelas tecnologias. Aborda aspectos da relação mantida pela fotografia com a cultura, sua função e usos sociais. Apropriando-se do método heurístico, elege como objeto empírico imagens de objetos da casa do escritor Jorge Amado, registradas no livro Rua Alagoinhas 33, Rio Vermelho. As etapas de identificação, numeração e resumo possibilitaram a desmontagem visual das imagens, a criação de grupos temáticos e a sua remontagem verbal, comprovando que as imagens fotográficas, como dispositivo e fonte de informação, podem ser consideradas um elemento de mediação, cuja leitura e interpretação sinalizam para as relações socioculturais construídas pelos sujeitos e viabilizam a criação de novas narrativas.
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