Abstract

Para aprofundar o debate epistemológico versus o objeto empírico da geografia e partindo da articulação entre noções de inovação territorial e mercados ilegais, este artigo visa cooperar na sistematização de princípios capazes de compor um diálogo específico do conhecimento geográfico sobre questões sociais ligadas as transformações do espaço, intermediado pelo emprego e formulação de critérios analíticos, relacionados à realidade urbana dos mercados ilegais. Busca-se construção correlativa entre modelos teóricos de investigação geográfica, adaptados ao caráter ambivalente e difuso das relações contemporâneas dos mercados ilícitos e informais, constantemente atrelado à inovação técnica do território. O lastro de observação deriva de áreas periféricas sobre o espaço ‘vivido’ em que a população desenvolve meios de sobrevivência criativos e informais baseados nos mecanismos do comércio formal (competição, resiliência, autorregulação, inovação). Assim, introduz-se o debate com revisão bibliográfica sobre algumas concepções normativas que cercam a dinâmica econômica ilegal em subúrbios e das relações de poder subjacentes aos agentes produtores do território. Por fim, propõe-se uma análise interdisciplinar da realidade criativa (inovadora) integrada aos padrões informais de sociabilidade, enfatizando o entendimento das imbricações entre o real abstrato x real concreto, que integram o sentido de renovação das territorialidades na periferia, considerada como substrato econômico em movimento.

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