Abstract

O artigo descreve e problematiza a oferta de matrículas e cursos de licenciatura em Pedagogia, Letras e Matemática, na modalidade presencial, nas universidades públicas e privadas gaúchas, no contexto da forte pressão oficial pela expansão das universidades brasileiras. Considerando a importância desses cursos no campo das políticas de avaliação e formação docente para a educação básica e das políticas oficiais de expansão do ensino superior desde o final da década de 1990, este estudo justifica-se pela ausência de pesquisas que tenham como foco o impacto dessas políticas no caso do Rio Grande do Sul. Utiliza-se uma metodologia de tipo quantitativa e descritiva a partir de dados dos Censos da Educação Superior (2000, 2007 e 2013). Esses dados são interpretados a partir de estudos que têm como foco o ensino superior e a formação de professores. Com a análise observa-se que houve queda no número total de matrículas, nos cursos estudados, no período 2007-2013. Entretanto, enquanto a queda foi bastante significativa nas universidades privadas, as universidades públicas mantiveram um crescente número de matrículas, devido à criação de novas universidades públicas em regiões do estado desassistidas pela esfera federal e, ainda, à expansão da oferta de cursos e vagas nas universidades públicas já existentes. Constata-se, também, a forte presença das universidades privadas na oferta dos cursos estudados, especialmente na região Metropolitana do estado, em virtude de ser a região de maior desenvolvimento econômico e concentração populacional. Por outro lado, as universidades públicas vão desbravando as regiões mais pobres e remotas do estado.

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