Abstract

O objetivo principal deste artigo é mostrar os sentidos que a noção de empregabilidade assumiu na concepção e no desenvolvimento das políticas de formação da força de trabalho no Brasil na década de 1990, processo este marcado pelas influências do pensamento neoliberal. Para isso, debruçou-se, basicamente, no exame de documentos produzidos pelos Ministérios da Educação, do Trabalho e Emprego e da Saúde, particularmente os que tratavam das políticas educacionais e de formação, bem como aqueles que se referiam à execução de tais políticas. Conclui-se que o campo educacional, particularmente quando nas mãos dos Ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego, constituiu-se em um dos principais veículos de divulgação da noção de empregabilidade e que a utilização desta noção condicionou padrões de pensamento e comportamento tanto nos processos educacionais como nas relações de trabalho. O Ministério da Saúde utilizou a noção de empregabilidade política de mão-de-obra à froid, na tentativa de minimizar os impactos da falta de qualificação da força de trabalho na área da saúde.

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