Abstract

A gloriosa família e Lueji, obras do escritor angolano Pepetela, utilizam-se de estratégias literárias específicas para contar dois momentos da história de Angola: uma época anterior à colonização portuguesa e uma fase posterior, em que transitam diversas nacionalidades com o objetivo de ocupar a região. As duas obras literárias multiplicam as possibilidades de percepção de um evento através de seus narradores. Eles compõem uma instância literária pluralizada: ora a do contador ou a do narrador das viagens, ora o onisciente ou o testemunhal. A combinação de tais instâncias coloca em diálogo os espaços da história brasileira, da literatura latino-americana, das narrativas européias e da oralidade angolana. Tal estratégia tem por função a reorganização das narrativas de viagem e da oralidade com o intuito de gerar uma escrita literária nova para tratar de uma perspectiva inusitada: a relação igualitária entre os povos que construíram o universo de língua portuguesa.

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