Abstract

Este estudo insere-se numa linha de pesquisa que procura caracterizar os usos estéticos da memória religiosa na cultura contemporânea. A obra musical «Magnificat, ou a insubmissa voz» de João Madureira (2014) é o objeto de estudo, duplamente contextualizado: no quadro do programa expositivo em que a obra se integra, e no confronto com outras leituras exegéticas do texto protocristão. O estudo mostra que o compositor privilegia a semântica política do texto. O trabalho composicional segue a via de uma universalização da mensagem, desvinculada do habitat comunitário, ritual e orante, que caracteriza a sua vivência religiosa. Nesta operação, o compositor torna-se, no entanto, agente – com autonomia – de um processo de transmissão cultural de uma memória religiosa.

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