Abstract

O aumento expressivo do índice de matrículas de estudantes público-alvo da Educação Especial no ensino superior tem sido um tema bastante discutido, na atualidade. Este texto objetiva descrever e analisar as contribuições da utilização de um instrumento disponibilizado pelo INEP/MEC para a identificação desse público, em contexto universitário. A amostra deste estudo foi composta por 597 estudantes respondentes deste instrumento e que se autodeclararam com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, altas habilidades e/ou superdotação, no mapeamento realizado por uma universidade pública do estado de São Paulo, no Brasil. A coleta de dados foi efetivada por meio de formulário eletrônico, durante a rematrícula, seguindo as orientações do Censo da Educação Superior. Apesar de os achados desta investigação evidenciarem que o instrumento de coleta indicado pelo INEP/MEC possibilitou mapear os dados do público da educação especial, nessa modalidade de ensino, constatou-se que o emprego das terminologias, sem caracterizar o público em questão, corroborou para a supervalorização da indicação da deficiência com visual pelos respondentes. A despeito dessa constatação, estudos dessa natureza asseveram que a provisão de políticas públicas direcionadas a esse fim vêm contribuindo para desmistificar o anonimato de pessoas com deficiência, no ensino superior.

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