Abstract

O que levará um pintor a interessar-se pela pintura de outro pintor do passado? Como se processa esse uso e abuso? O que revela uma pintura? Analisar as obras-mestras do passado consiste essencialmente em demonstrar o mecanismo da criação e revelar os meios usados. Não se pode criar uma forma original sem se abrir a formas do passado. Quando Harold Bloom diz que Shakespeare lê de um modo mais completo do que pode ser lido, leva-nos a interrogar se um pintor não vê de um modo mais completo do que poder ser visto. Os artistas que inovam estão profundamente ligados à tradição e praticam a lição da pintura pela pintura. As variações ou recriações artísticas são um diálogo íntimo com a obra, são o desvendar de um enigma e uma história da arte feita pelos pintores.

Highlights

  • Analisar as obras-mestras do passado consiste essencialmente em demonstrar o mecanismo da criação e revelar os meios usados

  • What may lead a painter to become interested in the painting of another painter from the past? How does it work, that use and abuse? What does reveal a painting? To analyse master works from the past consists essentially in evidencing the mechanisms of creativity and revealing the means which were used

  • The variations or artistic recreations are an intimate dialogue with the work, they are the revelation of an enigma and an art history made by the painters

Read more

Summary

Introduction

Analisar as obras-mestras do passado consiste essencialmente em demonstrar o mecanismo da criação e revelar os meios usados. Antes de avançar para uma abordagem mais directa ao tema da variação artística e procurando entender o que é o espaço pictórico, propomos a leitura da obra Deposição no Túmulo de Cristóvão de Figueiredo[10] como exercício do olhar.

Results
Conclusion
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call