Abstract
Este artigo apresenta um estudo acerca da construção dos discursos sobre música popular urbana no Brasil, desde o momento formativo dos primeiros textos historiográficos sobre o objeto, até a proposição da "linha evolutiva" e a institucionalização da MPB. Neste período, que vai da década de 1930 até o final dos anos 1960, constituiu-se uma linhagem da música popular no Brasil que tem como eixo central o samba carioca, em torno do qual formou-se um sistema sociocultural e um pensamento histórico-sociológico. A ideia desta linhagem, como articuladora da tradição da música popular brasileira, foi a concepção dominante sobre esta música até por volta dos anos 1980. Mesmo perdendo força e sendo submetida à crítica por pesquisas recentes, até hoje é um dos parâmetros para o debate sobre a produção e recepção da música no Brasil.
Highlights
No momento em que surgiram os primeiros estudos acadêmicos sobre a música popular no Brasil, no início dos anos 1970, havia uma concepção tacitamente estabelecida, mas com ampla aceitação na sociedade, do que seria música popular brasileira
Existiam também narrativas históricas nesta visão de senso comum de música popular brasileira, que incluíam concepções de nacionalidade e de autenticidade enquanto cultura popular, bem como um conjunto de autores e obras canônicas
As visões então predominantes da história da música popular no Brasil, que vinham sendo construídas desde os anos 1930, reverberaram fortemente nas primeiras pesquisas acadêmicas
Summary
No momento em que surgiram os primeiros estudos acadêmicos sobre a música popular no Brasil, no início dos anos 1970, havia uma concepção tacitamente estabelecida, mas com ampla aceitação na sociedade, do que seria música popular brasileira.
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