Abstract

No caso dos irmãos Naves, alegou-se que eles teriam confessado o cometimento de um crime que sequer aconteceu. Neste artigo, é apresentada uma análise linguística e discursiva das confissões forjadas que foram atribuídas a eles, baseando-se, do ponto de vista teórico-metodológico, em estudos prévios acerca de características comuns a falsas narrativas no âmbito da linguística forense e na aplicação de método inspirado na crítica textual. Foi possível identificar elementos linguísticos que denunciam a falsidade das confissões atribuídas aos irmãos, como uma descrição extremamente minuciosa do suposto crime, a presença de erros, inconsistências e contradições no discurso e a utilização de linguagem de incerteza. Além disso, a comparação entre as duas confissões permitiu verificar a presença de eco e de padrões de condensação e expansão. Embora limitado pela natureza dos dados, este estudo fornece subsídios para discussões sobre como melhor caracterizar falsas confissões em contextos investigativos e judiciais.

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