Abstract

No presente artigo, abordaremos o conceito de Medium da linguagem em contraposição à de Mittel, na filosofia de Walter Benjamin. Apoiar-se-á, precipuamente, na análise do ensaio Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem do homem (1916). Este ensaio, considerado por muitos teóricos, hermético e de difícil compreensão, traz em suas teses uma concepção de linguagem diferente daquela proferida pela chamada “virada linguística” do século XX. Nota-se que a linguagem, para Benjamin, assume um caráter essencialista, no sentido de que não pode ser reduzida à mera atividade comunicativa. A crítica do autor berlinense dirige-se àqueles que visam instrumentalizar a linguagem: concebendo-a como “meio” (Mittel), através do qual se comunica algo. E é a partir de uma releitura do livro Gênesis, do Antigo Testamento bíblico, que Benjamin encontrará os fundamentos necessários para sustentar que a linguagem não se resume em significante e significado. Entretanto, a linguagem é o Medium¸ ambiente e modo de comunicação, no qual a expressão e conhecimento dá-se “na” linguagem e não “através dela”. Essa última compreensão, Benjamin chamara de concepção burguesa da linguagem. Disso decorre a importância da compreensão do Medium da linguagem para compreender as teses benjaminianas acerca da arte, direito, história e política. Palavras-chave: Linguagem. Medium. História. Política.

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