Abstract

Este artigo apresenta a proposta de abordar o problema da lacuna explicativa na filosofia da mente. De modo alternativo às abordagens tradicionais, analiso o significado da lacuna explicativa segundo o pragmatismo de James em consonância com a perspectiva da filosofia da linguagem comum de Ryle, Austin e Wittgenstein. Como estratégia de desenvolvimento da proposta do artigo, procuro mostrar que a lacuna explicativa resulta de uma má compreensão dos usos dos termos psicológicos. O resultado é uma obsessiva insistência em entificar o significado de ‘mente’ e a crença de que alguns termos psicológicos significam um tipo de entidade existindo além dos nossos usos dos termos psicológicos. Tal crença assume a forma de uma compreensão da visão fundacionalista do mental. O que procuro mostrar finalmente, e também em consonância com as recentes perspectivas enativistas, é que o significado dos termos psicológicos nada tem a ver com a existência de entidades (não-físicas ou físicas). A crença em tais entidades, como condição de significação dos termos psicológicos, revela um mito filosófico derivado da aceitação da lacuna explicativa. A proposta do artigo é a desmitificação filosófica da lacuna explicativa.

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