Abstract

DESCRIÇÃO DO CASO: Este relato de caso de uma mulher transexual, 48 anos de idade, com 15 anos de pós cirurgia de redesignação sexual (CRS) sem queixas. Durante a avaliação inicial foram coletados os dados sociodemográficos, avaliação da dor através da escala visual analógica visual (EVA), a qualidade de vida pelo SF-36, a função sexual pelo QS-F. Foi realizada a avaliação do assoalho pélvico (AP) inspeção, palpação e força seguindo o esquema PERFECT. Após a avaliação foram identificadas estenose vaginal, falta de consciência perineal, fraqueza dos músculos do assoalho pélvico e a relatou dor durante a relação sexual. INTERVENÇÃO: Foi sugerido um programa de exercícios através dos dilatadores vaginais, terapia comportamental, treino dos músculos do AP. O programa tinha por objetivo 10 sessões com 40 minutos de duração cada, duas vezes na semana. Ao final do programa foram coletadas a EVA, SF-36 e a avaliação do AP seguindo o esquema PERFECT. Entretanto, o QS-F não foi aplicado ao final do programa proposto devido a inatividade sexual da paciente por 3 meses, inclusive durante o tempo do programa. RESULTADOS: Após a avalição final a paciente apresentou melhora da consciência perineal, penetração via vaginal sem desconforto, entretanto, não houve melhora da força dos músculos do AP. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A CRS promove alteração anatômica, podendo ocasionar disfunções urogenitais e/ou sexuais. Neste estudo, a fisioterapia promoveu melhora da conscientização perineal e da estenose vaginal. Com tudo, são necessários mais estudos sobre a fisioterapia nesta população, garantindo assistência e acompanhamento de forma adequada durante este processo, reduzindo suas possíveis complicações tardias.

Highlights

  • ABSTRACT | CASE REPORT: This case report of a transsexual woman, 48 years old, with 15 years after sex reassignment surgery (SRS) without complaints

  • assessment was performed for inspection

  • pain was reported during intercourse

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Summary

Relato de Caso

A intervenção fisioterapêutica na reabilitação pós cirurgia de redesignação de sexo masculino para feminino: relato de caso. RESUMO | DESCRIÇÃO DO CASO: Este relato de caso de uma mulher transexual, 48 anos de idade, com 15 anos de pós cirurgia de redesignação sexual (CRS) sem queixas. Após a avaliação foram identificadas estenose vaginal, falta de consciência perineal, fraqueza dos músculos do assoalho pélvico e relatou dor durante a relação sexual. O papel da fisioterapia dá-se através de técnicas direcionadas ao tratamento das disfunções do assoalho pélvico, pode-se criar propostas terapêuticas com o objetivo de adequação da musculatura pélvica à sua nova inserção e a nova função; orientações e exercícios para manutenção do canal vaginal, ressensibilização e adequação sensorial, promover o incremento funcional desta nova inserção muscular ou visando minimizar as queixas relacionadas às consequências do pós-operatório[12]. Diante do baixo número de cirurgias de redesignação sexual masculino para feminino, a falta de acompanhamento no pós operatório, o despreparo profissional, a falta de empatia e principalmente a escassez da produção cientifica sobre a intervenção da fisioterapia no pós-operatório de cirurgia de redesignação sexual, este estudo de caso tem como objetivo verificar a intervenção da fisioterapia pós-cirurgia de redesignação sexual homem/mulher, sendo assim, incentivando e despertando o interesse da pesquisa cientifica pelos profissionais a está população

Medidas de resultados
Findings
Conflitos de interesses
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