Abstract

O docente utiliza a fala para a transmissão do conhecimento aos seus alunos, em especial aos alunos cegos, ajudando-os a superar suas limitações. Este trabalho analisou, sob o ponto de vista dos deficientes visuais, como a modulação da voz do docente interfere no aprendizado, interesse e motivação ao longo do curso de graduação. Foi realizada pesquisa qualitativa com a utilização de entrevistas semiestruturadas em 11 estudantes cegos regularmente matriculados no ensino superior em diversas áreas do conhecimento, de ambos os sexos. Os resultados mostraram que os cegos percebem na modulação da voz do docente sua empatia e quando os mesmos sabem ou não como proceder de forma adaptada à deficiência. Há a necessidade de materiais adaptados, mobilidade adequada e professores capacitados para melhorar o ensino para cegos. Foi percebido que a variação no timbre, altura e frequência da fala do professor pode motivar ou desmotivar o aluno cego. Concluiu-se que a modulação de voz do docente serve como um intermédio entre o cego e o conhecimento efetivo e eficiente.

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