Abstract

Resumo: Nos últimos séculos a mulher experimentou diversas conquistas relacionadas à sua forma de ser e estar no mundo, se adaptando às conjunturas sociais, econômicas, intelectuais e políticas. Com essa ocupação espacial da mulher, a liberdade de agir e de se expressar ficou mais latente, desobrigando-a dos comportamentos sociais compulsórios. Entretanto, persistem as amarras com alguns padrões seculares, entre eles, o mito da maternagem, que há muito se vincula ao instinto natural de ser mãe. Na contramão dessa imposição social, o Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil aponta que as crianças, vítimas de violência, também têm as próprias mães como algozes e que as filhas são as mais agredidas. Cuidar de quem cuida é a possibilidade salutar de intervenção nos lares onde a maternagem é situação e não vocação. Para a elaboração do artigo foi utilizado o método da investigação histórica-crítica-propositiva, amparado na pesquisa bibliográfica.

Highlights

  • The Social Injunction of Maternity and Violence Abstract: In recent centuries the woman has experienced several achievements related to her way of being and being in the world, adapting to social, economic, intellectual and political conjunctures

  • The ties remain with some secular patterns, among them, the myth of mothering, which has long been linked to the natural instinct to be a mother

  • Contrary to this social imposition, the Map of Violence 2015: Homicide of Women in Brazil indicates that children, victims of violence, have their own mothers as executioners and that the daughters are the most attacked ones

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Summary

Cuidando de quem cuida

Quando a violência física intrafamiliar é objeto de discussão, a “indignação em relação ao adulto que bate e a compaixão para com a criança indefesa obviamente acabam levandonos a logo cair na tentação de julgar e condenar o adulto como brutal e cruel” (MILLER, 2006, p. 121), desconsiderando qualquer análise mais aprofundada. A potencialidade transformativa dessa figura materna pode ser promovida por meio de grupos de apoio, redes sociais que tratam do tema, amigos, familiares, ajuda profissional e da inclusão do cuidado materno nas políticas públicas existentes nos programas de atendimento das famílias. Orientações primárias como a prática de atividades relaxantes, terapia familiar, o desenvolvimento da consciência emocional, a evitabilidade dos ruídos de comunicação entre mãe e filho (o jeito como se diz), a reciclagem das expressões imperativas, o cultivo do bom humor, entre outras, potencializam a capacitação da maternagem e abrandariam expressivamente os episódios de práticas violentas contra as pequenas crianças (SENA; MORTENSEN, 2014). É indubitável que, para a mulher manter sua saúde social estável, dependerá de um prognóstico e terapia adequadas para a prevenção e evitamento da violência como forma de resolução dos conflitos experimentados na maternagem

Considerações finais
CONFLITO DE INTERESSES Não se aplica
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