Abstract

Esse artigo buscou analisar como os aspectos biopsicossociais específicos da população transgênero, travesti e não-binária influenciam nas elevadas taxas de suicídio desse grupo. Foram analisados como fatores de risco para o comportamento suicida nessa população o desrespeito ao nome social, dificuldade de acesso à terapia hormonal e cirurgias de adequação de gênero, rejeição familiar, disforia de gênero, trans/travestifobia, além do racismo dentro da mesma população. Ademais, observa-se a marginalização social dessa comunidade no acesso à atenção à saúde, diante de situações de discriminação, hostilidade e diagnóstico patologizante no processo transexualizador. Os resultados apontam aspectos biopsicossociais específicos da população transgênero, travesti e não-binária como fatores de risco consolidados para o suicídio, promovendo uma reflexão quanto à necessidade da elaboração de medidas de proteção a esses grupos, assim como a introdução desse tema nos diversos níveis da educação, além do fomento de pesquisas sobre o assunto, capacitação das equipes de saúde quanto à humanização e respeito às diferentes identidades de gênero.

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