Abstract

O objetivo deste trabalho é analisar alguns erros no processo de aquisição da linguagem relacionados à aquisição do léxico e algumas expressões linguísticas na fala de crianças brasileiras. No interacionismo proposto por De Lemos (desde 1982), a linguagem não é reduzida ao papel de ferramenta social, puramente instrumental. Ela é a condição necessária para o processo de aquisição da linguagem, sendo o diálogo tomado como unidade de análise, de modo que a relação estrutural entre a fala da criança e seu(s) interlocutor(es) pode ser cotejada. Os resultados da análise de dados indicam que a linguagem deve ser “apre(e)ndida” na sua relação instável de interioridade e “exterioridade” no diálogo. Os erros na fala das crianças não tomam, necessariamente, o mesmo referencial já cristalizado pelos usos da língua adulta. Eles constituem o seu próprio eixo “provisório” para o estabelecimento de relação/identificação, ou seja, mostram a flexibilidade pragmática nas marcas do sujeito no seu processo de aquisição da linguagem.

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