Abstract

This article aims to discuss philosophical elements of the work of Jose Barbosa de Sa (?-1776). We seek to analyze the author's system of botanical classification, observing the relation with the construction of analogies and likenesses, evaluating to what extent these ideas were consistent with religious conceptions. We also attempt to examine the well known eighteenth-century known debate about the vegetable reproduction and to analyse non-academic conceptions of it.

Highlights

  • Também escreveu uma obra influente sobre as povoações das regiões de Cuiabá e Mato Grosso (1975 [1775]), que ainda hoje serve de base para diversas pesquisas sobre o Mato Grosso setecentista, por ser considerada a primeira crônica sobre a região

  • Rafael Dias da Silva Campos & Christian Fausto Moraes dos Santos usualmente reconhecidos enquanto homens de letras partindo do princípio proposto por Carlo Ginzburg (2006)

  • Ao mesmo tempo, colocava em relevo as características e funções que faziam sentido para aquela população americana, pois em uma sociedade por vezes nutricionalmente deficiente e socioeconomicamente insegura mais valia conhecer as raízes, caules, flores e frutos que podiam servir para a alimentação, cura de doenças e combate de venenos, para a construção civil, cordoarias e setor naval que propriamente ter conhecimentos acadêmicos que poderiam ter pouca influência ou em nada resultariam na qualidade de vida daquela população

Read more

Summary

No Jardim do Éden: analogias e similitudes com Deus

Advogado licenciado que viveu na região das minas de Mato Grosso e Cuiabá durante o século xviii, José Barbosa de Sá (?-1776) foi autor de um inédito, Diálogos geográficos, cronológicos, políticos e naturais (1769). Mas essa relação não ocorre somente na colônia, pois o próprio nome científico da espécie mais popular dentre as bananas comestíveis (dado por Lineu como Musa paradisiaca) também aderia a esse princípio sacro do fruto dessa planta Não foi apenas no seio de desconhecidos homens de letras que as ideias de Deus como criador do Universo resplandeceram nas concepções botânicas – visões que terminavam por encontrar a obra divina nas mais singelas e diminutas características vegetais. O uso das boticas seguia uma lógica completamente diferente da atual perspectiva de doença-cura, pois o uso de muitos medicamentos também atendia aos pressupostos de que certas doenças deveriam ser tratadas por plantas e ervas que se relacionavam positiva ou negativamente com aquele mal. A adoção desses princípios (atualmente desacreditados), fosse por parte de Barbosa de Sá ou curandeiros, cirurgiões e boticários, fosse pela elite médica, não implica na redutora ideia de atraso português, pois o princípio de saúde enquanto um equilíbrio humoral era ideia corrente na sociedade setecentista

O sistema classificatório de Barbosa de Sá
O amor das plantas: polêmicas sobre a reprodução vegetal
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.