Abstract

Analisamos, em A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Aleksiévitch, o método pelo qual a autora reconstruiu as narrativas das combatentes do Exército Vermelho na Segunda Guerra Mundial. A hibridização narradora-personagem caracteriza sua escritura. Estudos da memória, da história oral e do jornalismo compõem os referenciais. Os resultados sugerem: a) a força da obra reside na inclusão das vozes das mulheres excluídas nas narrativas de guerra; b) transformadas em narrativas, essa memória oral ressignifica o passado, atualiza o presente, cria vínculos de confiança entre depoentes, narradora e leitores.
 

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