Abstract
Em 1980, milhares de metalúrgicos do ABC paulista realizaram uma das mais intensas e duradouras greves da classe trabalhadora brasileira. Durante 41 dias, eles resistiram à ampla repressão que lhes foi lançada pelos patrões e pelo regime militar, a qual muito colaborou para que a mobilização coletiva dos trabalhadores se espraiasse pelo espaço urbano – especialmente, pelas ruas de São Bernardo do Campo. Expulsos das fábricas e de importantes espaços públicos, os operários mantiveram a greve a partir, principalmente, dos bairros em que residiam, fomentando a politização de espaços e relações de suas vidas cotidianas e redefinindo a geografia da mobilização coletiva. Neste artigo, analisamos alguns aspectos desse processo, destacando a importância das redes sociais dos trabalhadores para a notável (re)apropriação do espaço urbano que caracterizou o movimento paredista.
Highlights
In 1980, thousands of metalworkers from the ‘ABC’ region in São Paulo made one of the most intense and lasting strikes of the Brazilian working class
During 41 days, they resisted wide repression promoted against them by their bosses and the military regime, which has collaborated much to the collective mobilization of the workers to sprawl throughout urban space – especially in the streets of São Bernardo do Campo
There have been analysed some aspects of this process, highlighting the importance of the workers’ social networks towards the notableappropriation of urban space which characterized the striker movement
Summary
In 1980, thousands of metalworkers from the ‘ABC’ region in São Paulo made one of the most intense and lasting strikes of the Brazilian working class.
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