Abstract

In 1584, King Philip II of Portugal invited the Italian militar architect Leonardo Torriani to reorganize the defensive system of the Canary Islands, threatened by English and French privateers and pirates. Torriani remained there until 1593. King Philip II did not limit himself to fulfilling his royal duties. Based on direct observation and on all kinds of written and oral information, he left us the manuscript 314 of the Reserve Section of the General Library of the University of Coimbra, an important documental source of historical, geographical, cartographic, artistic and linguistic nature, illustrated with the most beautiful watercolors.

Highlights

  • In 1584, King Philip II of Portugal invited the Italian militar architect Leonardo Torriani to reorganize the defensive system of the Canary Islands, threatened by English and French privateers and pirates

  • Esses povos da Antiguidade Clássica conheciam uma faixa atlântica marginando a costa europeia e a parte norte da costa africana, navegavam entre a Escandinávia e o cabo Bojador, entre as Cassitérides e as Fortunatae (Canárias), numa navegação de costa à vista ou de costa consabidamente próxima, mas não conheciam a contracosta oceânica a ocidente

  • A real bondade do seu clima e a sua presumível fertilidade, lugar de delícias, onde manava o leite e o mel, fizeram destas ilhas um mítico Paraíso terreal e também o Paraíso celeste, os Campos Elísios da mitologia clássica, onde as almas dos heróis iam repousar, a partir do momento em que as parcas lhes cortavam o fio da vida

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Summary

Nota preliminar

O intento da publicação do manuscrito em italiano de Leonardo Torriani, que será a matriz deste estudo, exigiu-nos uma preparação prévia e aturada. A grata recompensa de todo este esforço adveio com a publicação bilingue (português e italiano) do aludido códice (Silva, 1999, passim), versão que citaremos a partir de agora. É claro que, ao navegarem nas águas do Atlântico Oriental, os mareantes gregos e romanos fixaram no seu espírito e no dos seus povos dois níveis do conhecimento desse mar sem fim: um Atlântico real e um Atlântico imaginário. Vamos tentar captar esse conhecimento dos antigos e confrontá-lo com o dos modernos, partindo da visão quinhentista que o engenheiro militar italiano, ao serviço de Filipe II, Leonardo Torriani expressa no seu manuscrito supracitado. Sem dúvida, perante um dos últimos humanistas de saber enciclopédico, característico dos grandes homens da Renascença

As ilhas Afortunadas e o Atlântico mítico-real
Madeira e Porto Santo — Dos mitos à realidade
As Selvagens e a costa da Berberia
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