Abstract

Desenvolvemos este trabalho com base na ideia de que ser docente no ensino superior não é apenas uma questão de domínio de conteúdo, de expertise em determinado campo. A prática pedagógica em tal nível de ensino é complexa, contextualizada, muitas vezes imprevisível e se configura por escolhas éticas e políticas. Nesse sentido, entendemos que a docência demanda um processo formativo que pode ter como fase inicial a pós-graduação stricto sensu. A partir de tal discussão, estabelecemos como objetivo estudar o modo como a formação pedagógica é tratada no âmbito das políticas públicas para o ensino superior, mais especificamente no que tange à pós-graduação stricto sensu. Para tanto, valemo-nos de dois referenciais metodológicos: a teoria dos campos de Pierre Bourdieu e a análise crítica do discurso de Norman Fairclough. A compreensão da pós-graduação como um campo científico e a análise do Plano Nacional de Pós-Graduação indicaram que esse nível de formação superior está basicamente voltado para a acumulação de capital científico e para a formação de habitus científico, tudo isso em meio a um silêncio sobre a dimensão do ensino no fazer e ser docente. Concluímos que há a necessidade de desenvolver uma cultura de valorização do ensino na universidade, processo este que pode ter na valorização de um capital pedagógico e na formação de um habitus pedagógico na pós-graduação stricto sensu uma fase de grande relevância.

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