Abstract

Este artigo atém-se à discussão do problema da formação humana em um contexto pós-humanista, tendo como escopo o pensamento de Martin Heidegger. Em um primeiro momento, busca-se reconstruir os principais pontos da crítica heideggeriana ao humanismo, focando no vínculo deste com uma compreensão metafísica da essência humana. Em um segundo momento, tenta-se explorar as possibilidades formativas que se originam com a própria crítica de Heidegger à metafísica e ao humanismo, momento em que o pensamento do ser proposto pelo filósofo é tomado como indicativo central para uma concepção do ser humano que tenha por base o efetivo envolvimento deste com a realidade histórica que o abarca. O objetivo é marcar uma nova perspectiva para a formação humana, a qual esteja desvinculada de quaisquer ideais fixos e possa, assim, favorecer mais bem a riqueza indeterminada das possibilidades do acontecer humano no mundo. Situada para além das pretensões metafísicas de afirmar uma natureza intrínseca ou uma teleologia extrínseca ao acontecer humano, essa nova perspectiva formativa mostra-se mais apropriada e mais respeitosa em relação às diferenças constitutivas das sociedades democráticas plurais do mundo ocidental contemporâneo.

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