Abstract

Introdução: As leis e diretrizes educacionais brasileiras que buscam aproximar a formação profissional em saúde à realidade do Sistema Único de Saúde subsidiaram o curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal da Bahia na realização de uma reforma curricular em 2009, promovendo mudanças, dentre elas a ampliação de componentes obrigatórios de Saúde Coletiva. Objetivo: Analisar a visão dos estudantes do curso de Fonoaudiologia da UFBA sobre a formação em Saúde Coletiva durante a graduação. Método: Estudo de caso em que participaram 22 estudantes que cursaram as disciplinas do novo currículo. Foi aplicado questionário online, enviado para cada participante por correio eletrônico, juntamente com o termo de consentimento livre e esclarecido. Os dados obtidos foram tabulados e analisados segundo a técnica de análise temática de conteúdo Resultados: Os estudantes referem como desafios do currículo a desarticulação entre os campos da Fonoaudiologia e Saúde Coletiva; a desarticulação entre o curso e os serviços de saúde; mas também, a partir das experiências em atividades não obrigatórias, avaliam potencialidades em relação à mudança da compreensão e abordagem dos processos saúde-doença, que passam a incorporar dimensões dos serviços de saúde e da vida social. Conclusão: Para os estudantes, é preciso ampliar a articulação entre diversificados atores de instituições de ensino superior e saúde, refletir sobre metodologias ativas e espaços para práticas interdisciplinares na matriz curricular. Sugere-se que sejam construídos processos avaliativos permanentes do currículo, investigando também a visão de outros sujeitos envolvidos como docentes, gestores, profissionais do serviço e comunidade, no intuito de superar lógicas conservadoras de ensino- aprendizagem.

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