Abstract

O artigo tem como objetivo analisar as transformações na cadeia produtiva do cinema brasileiro a partir da entrada da Globo filmes no mercado cinematográfico e os impactos para o mercado de trabalho neste setor. O trabalho em cinema caracteriza-se pelas suas dimensões de flexibilidade e incertezas. Neste contexto, a reestruturação da produção de filmes no Brasil acarreta em um processo de desintegração vertical da cadeia produtiva, ao passo que estabelece uma organização extensiva de cooperação entre empresas, apontando para um processo de especialização flexível entre as diversas empresas envolvidas na produção cinematográfica. Como resultado desta dinâmica, ao se observar os dados referentes ao emprego com vínculo no setor do audiovisual, pode-se perceber que as configurações das cadeias produtivas deste segmento compartilham da lógica flexível de produção, marcada pela descentralização dos processos produtivos e terceirização das atividades inerentes à realização das obras audiovisuais. Exemplo disso é o crescimento do número de estabelecimentos empregadores nas atividades de produção e pós-produção, grande parte deles categorizados como pequenas e microempresas.

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