Abstract

O objetivo deste artigo é analisar como se constrói a representação dos espaços urbano e rural na canção “Desgarrados”, de Mário Barbará e Sérgio Napp, e depreender o ethos gaúcho atrelado a tal representação. Para tanto, utilizam-se preceitos da teoria semiótica discursiva e de estudos sobre ethos. Também contribuem as considerações de Pesavento (1989, 1993) sobre formação identitária e de Vecchi (2017) sobre a memória e a relação do sujeito com o passado. A análise aponta que as redes figurativas estabelecidas na canção e o ethos melancólico construído pelo enunciador evidenciam um desejo do gaúcho supostamente deslocado das suas origens de retomar um passado que, na realidade, jamais existiu da forma como é cantado, demonstrando, por isso, uma atração por um tempo e um lugar mais imaginados do que vividos.

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