Abstract

A fé nua desponta como a forma do homo sacer no canteiro da fé. Apropriando-se dos delineamentos legados pela obra de Giorgio Agamben quanto à vida nua, este artigo procura discutir certos elementos que forjam os campos de concentração da religião na contemporaneidade, tomando-os a partir de uma nova e inusitada biopolítica disposta, sobretudo, no cenário evangélico brasileiro. Por meio de vivências, práticas e proferimentos de seus sujeitos de fé, busca-se refletir sobre alguns indícios e efeitos discursivos que sorrateiramente são operados pela fé nua. Conclui-se que os campos de extermínio estão se proliferando de modo ainda mais incisivo no evangelicalismo dos dias que correm, embora suas incursões sejam pouco perceptíveis. Eles não se processam mais por suas mais famigeradas formas de negatividade, moralidade, culpa, condenação, pecado etc, mas por desejo, prazer, positividade, individualidade, êxtase, sucesso e mercado. Palavras-chave: Fé nua. Homo sacer. Místico. Mercado.

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