Abstract

O artigo levanta alguns problemas relacionados à concepção de interfaces para os Digital Audio Workstations (DAWs). A abordagem teórica utiliza os conceitos de semiose e das três fases da experiência da Semiótica peirceana. A tese da metacomunicação, apresentada pela Engenharia Semiótica, também é estudada e se refere à singularidade do diálogo entre designers e usuários. Como consequência, diferentes estratégias de comunicação são requeridas, levando-se em conta que tal conversação não ocorre num tempo sincrônico. Os DAWs Sonar (CakeWalk, 2010) e o GarageBand (Apple, 2013) foram eleitos como corpus empírico porque seus projetos almejam balancear a performance do sistema com as habilidades mnemônicas e intuitivas sob diferentes arquétipos culturais, técnicos e afetivos de seus potenciais utilizadores: pessoas com expectativas singulares diante de um dispositivo de gravação sonora. Acredita-se que as concepções do design, além de perseguirem novas funcionalidades, poderiam procurar oferecer aos usuários dos DAWs possibilidades de exploração do sistema a partir de suas próprias performances regulares. Desse modo, o compositor seria convidado a repensar seus métodos de criação musical e suas singularidades insuspeitadas de escuta.

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