Abstract

Resumo: Na busca de uma escrita que falasse do corpo feminino pela própria mulher, encontramos a lírica de Maria Teresa Horta. Em seus poemas, a eu-lírica dá voz a um corpo feminino, de forma a desamarrá-lo do jugo patriarcal. Há, portanto, uma voz e escrita femininas que partem de uma imanência corporal manifestada, a princípio, na fala - no conceito de falar (como) mulher, de Luce Irigaray - para então se concretizar na escrita - escrita feminina de Hélène Cixous. O percurso teórico aqui empreendido para análise literária dessa escrita é embasado no feminismo da diferença. Para Hélène Cixous e Luce Irigaray, teóricas do feminismo da diferença, com o empoderamento de sua linguagem, a mulher subverte o falogocentrismo, empoderando-se de si e fomentando uma nova possibilidade de articulação da mulher na arte e na cultura. Sob tal perspectiva, a poesia de Horta se torna libertária, na medida em que diz de um corpo que se escreve.

Highlights

  • Resumo: Na busca de uma escrita que falasse do corpo feminino pela própria mulher, encontramos a lírica de Maria Teresa Horta

  • Embora hoje caminhemos em uma sociedade em que as discussões acerca dos direitos das mulheres (à vida, à cultura, à economia, ao corpo, à justiça) vêm crescendo e se afirmando enquanto possibilidade de mudança social no estatuto da mulher, ainda há muito que fazer também no que concerne à produção artística feminina dentro de uma lógica que lhe faça sentido e que não seja expressão de uma mulher vista como “não homem”

  • Woman’s Writing/Female Writing in Maria Teresa Horta’s Poetry Abstract: In the search for women’s writings that talked about the female body, we found Maria Teresa Horta’s poetry

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Summary

Teresa Horta

Resumo: Na busca de uma escrita que falasse do corpo feminino pela própria mulher, encontramos a lírica de Maria Teresa Horta. Portanto, uma voz e escrita femininas que partem de uma imanência corporal manifestada, a princípio, na fala – no conceito de falar (como) mulher, de Luce Irigaray – para então se concretizar na escrita – escrita feminina de Hélène Cixous. Para Hélène Cixous e Luce Irigaray, teóricas do feminismo da diferença, com o empoderamento de sua linguagem, a mulher subverte o falogocentrismo, empoderando-se de si e fomentando uma nova possibilidade de articulação da mulher na arte e na cultura. Tem uma língua que eu falo ou que fala para/por mim em todas as línguas. A linguagem que as mulheres falam quando não tem ninguém por perto para corrigi-las

NATÁLIA SALOMÉ DE SOUZA E VINÍCIUS CARVALHO PEREIRA
Uma leitura feminista da lírica de Maria Teresa Horta
FAZER AMOR COM A POESIA
Apunhalo o coração enveneno o peito aberto
Considerações finais
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