Abstract
Neste artigo, faz-se um breve relato da organização da escola pública no Estado de São Paulo, desde a sua criação, em 1893, até a adoção de um modelo de organização escolar que buscava uma educação popular graduada. Partindo do texto de Gallego (2003), faz-se uma visita à organização curricular, administrativa e pedagógica utilizada no século XIX e às modificações propostas nos ideais escolanovistas. Investigando-se a organização do ensino à época, levantam-se algumas questões sobre a temporalidade na construção curricular, abordando-se a fomentação dos quadros horários, a reorganização das atividades dos professores e as normas que passaram a regulamentar essas ações. As mudanças proporcionadas pelas escolas graduadas nortearam a organização escolar, dando novos parâmetros à prática docente e aos saberes instituídos.
Highlights
Neste artigo, faz-se um breve relato da organização da escola pública no Estado de São Paulo, desde a sua criação, em 1893, até a adoção de um modelo de organização escolar que buscava uma educação popular graduada
Investigando-se a organização do ensino à época, levantam-se algumas questões sobre a temporalidade na construção curricular, abordando-se a fomentação dos quadros horários, a reorganização das atividades dos professores e as normas que passaram a regulamentar essas ações
Por meio dessa reestruturação do horário, o tempo passou a determinar as ações dos professores e dos estudantes, o que resultou em uma nova forma de organizar o currículo, o principal instrumento de articulação das atividades escolares
Summary
Mestranda no Programa de Pós Graduação em Educação – Uninove; Licenciatura Plena para Educação Infnatil e. 114), Em 1893, com a introdução dos grupos escolares no Estado de São Paulo, várias características do sistema de ensino primário foram alteradas, provocando mudanças tanto nas concepções de organização do tempo e do espaço quanto nas relações estabelecidas entre seus funcionários. Com a fragmentação do saber e a utilização de quadros de horários vislumbrava-se uma nova etapa do processo educativo, que acarretaria profundas mudanças no trabalho do professor, pois o docente seria o principal articulador de ações relativas ao planejamento de suas aulas e à organização do tempo para cada uma delas. Por meio dessa reestruturação do horário, o tempo passou a determinar as ações dos professores e dos estudantes, o que resultou em uma nova forma de organizar o currículo, o principal instrumento de articulação das atividades escolares. A Escola Nova, criada no fim do século XIX na Europa e nos Estados Unidos, opunha-se às práticas pedagógicas tidas como tradicionais, almejando uma educação que integrasse o indivíduo à sociedade e, ao mesmo tempo, ampliasse o acesso dos segmentos populares à escola
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