Abstract

O enfraquecimento do jornalismo local, que tem perdido meios e influência, é traduzido por fenómenos como os “desertos de notícias”, em mapeamento num número crescente de países. Em Portugal, um estudo recente aponta para que mais de metade dos municípios se encontrem carentes de cobertura noticiosa sedeada no território. Este artigo propõe um balanço e uma reflexão em torno das questões e desafios que enfrenta atualmente o jornalismo local, a partir da revisão da literatura recente. É apresentado como o elo mais fraco na crise global dos média, sendo o mais afetado pela falência do negócio tradicional e pela concorrência das plataformas. Contudo, é-lhe também reconhecida uma flexibilidade singular para singrar num contexto de adversidade. O encerramento de meios locais, a difícil sobrevivência dos que ficam e a resistência dos jornalistas em deixar os públicos serem parceiros na definição do que é notícia são alguns dos fatores a contribuir para um momento de erosão da proximidade, com alguns sinais positivos. Entre esses sinais, está o consenso em torno da importância do jornalismo local e um crescente interesse da academia por este campo de estudos.

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